Semanário: Como elaborei .

Olá!


Como prometi , vou falar neste post sobre a descoberta da necessidade de registro e documentação da prática.

Antes eu quero deixar aqui explicado que apesar de se ter muitas informações na internet, elas não tem uma sequência, portanto se faz necessário que se saiba o que se esta procurando e além disso saber selecionar informações é muito importante.

Bem, quando assumi as salas, percebi logo de início que havia uma grande necessidade de registro e documentação, no colégio em que eu estava não se adotava esta prática, as coisas eram muito soltas e acreditem as dúvidas são muitas no início.

Fui procurar por ajuda na internet e encontrei muitas professoras procurando por informações de como se elaborar um semanário, eu sabia da existência desta forma de registro, mais como muitas, não sabia nem por onde começar e pior não encontrei nada muito detalhado nas pesquisas online. Tomei uma atitude , comecei a perguntar para amigas que já atuavam e que trabalhavam com semanários, e para ir guardando o que eu ia descobrindo , eu iniciei este blog , elaborei um semanário e postei aqui.

Nestas pesquisas busquei responder as seguintes indagações:O que é um semanário? E como elaborá-lo?

Durante a  pesquisa eu descobri que ,Semanário é um caderno que você vai planejar sua aula. Ele é seu, deve ter a sua cara, você pode enfeitá-lo do jeito que você quizer.

A capa do meu 1º semanário

Neste semanário você coloca tudo o que você acha importante exemplo:

- a lista de nomes dos seus alunos. (nome completo, data nascimento, nome dos pais, escreva se o aluno tem algum problema de saúde, se toma remédio, se é alérgico, etc).

- O calendário escolar.

- O horário da rotina da sua turma.

- Anota todas as reuniões com sua diretora ou coordenadora.

- Cole textos, frases, poesias que você goste.

- O planejamento anual da sua turma. ( conteúdos, objetivos, de cada área: linguagem, movimento, artes, matemática, etc)

- E o mais importante, nele você vai planejar as aulas de todos os dias, geralmente na segunda-feira você já planeja as aulas até sexta-feira.

Você usa o planejamento anual e os horários da rotina e monta as aulas, peça auxilio para sua coordenadora ou diretora pois cada escola trabalha de um modo, mas o semanário que eu faço é assim e depois da minha aula eu faço uma avaliação com as crianças e escrevo tudo o que deu certo e o que deu errado na minha aula do dia, o que eu poderia ter feito que não fiz, o que eu planejei e foi ótimo, isto é muito importante para você avaliar sua prática e avaliar os conteúdos se realmente são os corretos para sua turma, não deixe de registrar pois isso é muito importante.

Registre os avanços da turma, suas dificuldades, suas conquistas, isto é muito bom pois quando chegamos no fim do ano e lemos como foi o começo, quantas superações, os avanços das crianças ficamos tão felizes e isso é nossa maior recompensa.

Sugestões:

* observe e anote a hipótese alfabética de cada um e seus avanços;

* novas idéias a partir de alguma atividade já aplicada;

* o quanto a atividade rendeu,e as reações do grupo frente a elas.

* relate se puder, com o auxílio de fotos, ainda mais quando se trata de atividades lúdicas, para ficar mais detalhado.

Assim:

1. Mensagem de início de aulas;

2. Mensagem para o professor:

3. Mensagem para o aluno;

4. Lista de nome dos alunos;

5. Seus objetivos e metas para o ano.

6.Figuras para deixarem seu Semanário com um visual mais gostoso, a cada mudança de mês cole uma figura

7.Meses personalizados

seguindo estas orientações eu elaborei o meu semanário, e que é a página mais visitada do meu blog .

modelo de semanário que eu elaborei...

segue o link http:

http://asbelascoisasdaminhavida.blogspot.com/2010/01/modelo-de-semanario-que-eu-elaborei.html

Continuando a conversa :

Depois que elaborei o semanário e aos poucos fui adaptando-me ao uso, naturalmente através das observações fui conhecendo melhor as crianças, e a cada nova informação surge a necessidade de registro, como forma de planejar uma intervenção mais eficaz e direcionada. É claro que de início eu fiquei sem saber o que fazer com as observações e descobertas.

Como estagiária que já estava em sala de aula, as teorias que iam sendo ensinadas nas aulas de Pedagogia e a prática em sala de aula, iam me auxiliando na construção de um fazer pedagógico mais real.

Quero relatar aqui ,que atuar ainda sendo estagiária e estudar tem suas vantagens, uma delas é aprender fazendo, atrelar à teoria a prática fica fácil. Entretanto, exige de nós esforço e responsabilidade , para assumir um papel de pesquisadora, diária. As dúvidas surgem , e são complexas e abundantes, é necessário que se seja reflexiva, observadora, atenta , criativa e acima de tudo realmente queira aprender a ensinar.

Uma dúvida que apareceu , foi quanto ao estágio de escrita da criança, eu ainda não tinha tido nem uma disciplina de metodologia e tudo que eu sabia sobre alfabetização mais recente, era relacionado a forma que meus filhos foram alfabetizados. Portanto , como fui orientada pela coordenadora , eu me apoiava nos livros e manuais de professores, mas, sempre que surgiam dúvidas , consultava a internet, outros livros e as vezes até mandava e-mails para meus professores da faculdade , pedindo orientação.

Eu fui percebendo que algumas crianças aprendiam com muita facilidade e que outras demoravam, mas, elas queriam aprender, como ajudar?

Na faculdade , eu aprendi que é necessário que se respeite o tempo do aluno, mas que a partir do estágio que ele esteja, faz se possível intervenções que o auxiliem a avançar no processo de alfabetização. Nas aulas de psicologia, as teorias de VYGOTSKY, PIAGET, WALLON e outros , foram sendo estudadas e trazendo um embasamento teórico, sobre as fases do desenvolvimento .

Compartilhando a experiência do meu primeiro dia

Continuando nossa conversa, quando me deparei com o desafio de assumir duas salas de aulas, sendo ainda estagiária, resolvi pesquisar , primeiro como me portar diante da turma, depois fui pesquisar como iniciar um trabalho, já que era a primeira vez que eu os via. Daí eu fui ler sobre o reinício das aulas e encontrei um monte de lembrancinhas para entregar aos alunos no retorno á escola. Mais refletindo melhor, este retorno vem cheio de novidades, nova professora, novos amigos, é quase tudo novo, o que fazer?




Bom, isso eu planejei , e acabou dando certo.Pensei da seguinte forma:É super importante que os alunos, principalmente os da educação infantil , sintam-se acolhidos de volta ao ambiente escolar. O ideal , ao reiniciarmos é abrimos com uma roda de conversa bem acolhedora, em que as crianças possam expressar-se, apresentar-se e contar aos outros amiguinhos as novidades das férias, onde foi, o que mais gostou , o que não gostou e o porque… deixar que os pequenos se expressem também por meio do desenho. Meu ideal era fazer com que eles vissem em mim uma amiga com quem pudessem contar.



Foi um sucesso o início, graças a Deus!



Finalizei entregando a eles uma lembrancinha, com um bilhetinho bem carinhoso.



No próximo post vou falar sobre a necessidade de registro, de documentar a prática mesmo , e como superei isso no início.

Aprendendo a ensinar

Uma das coisas que eu acho ser mais difícil na vida do professor(a), é o início. Eu posso falar com conhecimento de causa. Sem falar que existem algumas escolas particulares que acabam contratando estagiários e que acabam por assumir sala de aula, com tarefas de professor formado . Isso é um tremendo desafio, pois com certeza exigirá muito mais da pessoa em formação, que na verdade quer aprender e acaba tendo de ensinar.

Eu tive esta tremenda experiência, é as vezes a vida acaba nos chamando ao compromisso e as necessidades de sobrevivência nos acaba por obrigar de certa forma a tomar posição diante de possibilidades que nos surgem. Mais, posso dizer que é muito difícil, a primeira atitude que vem a mente é desistir, sentir –se incapaz , medo de falhar de não conseguir, mais , ao mesmo tempo existe o sonho, a vontade de aprender , de ensinar e acabei cedendo e ficando a frente de uma sala , aliáz de início duas salas .



O que fiz?



Bem , já que resolvi assumir o desafio, precisava dar conta do recado, então fui pesquisar , primeiro como me portar diante da turma, na verdade a gente fica perdida, você se depara com várias pessoinhas te olhando, esperando a direção que para eles virá de você, é impolgante !



Nas minhas pesquisas encontrei um único texto falando sobre o assunto e fiz questão de copiá-lo com referência para servir sempre de consulta,. O texto é de “Virgílio Vasconcelos Vilela”, e com certeza tenho muito que agradecê-lo , as dicas são valiosíssimas.



Postei na integra para quem quizer ler:



Prepare-se



Às vésperas da primeira aula, um professor pode ter algumas reações desagradáveis, como ansiedade e medo. O novo professor também pode acreditar que é tímido, e ter dúvidas quanto ao seu desempenho em sala. Não creio que isso possa ser considerado “normal”, mas são reações freqüentes. Na minha opinião, isso decorre de uma avaliação distorcida que fazemos: imaginamo-nos dando aulas e as coisas dando errado, só que não incluímos na avaliação a preparação que iremos fazer. Você pode considerar os medos e ansiedades como procedentes, se você fosse dar aulas naquele momento. Inclua uma preparação no caminho entre o agora e o momento das aulas e você vai perceber que as emoções vão se modificando à medida que você vai se preparando. Isto vale, é claro, se você pretende se preparar o necessário para o que vai fazer.



Minhas sugestões para essa preparação:



1) Planeje bem as aulas



Faça um planejamento detalhado do que vai fazer, em conteúdo e estrutura, o que vai por no quadro, o que vai dizer. Improviso é para quando você estiver mais maduro e mais à vontade. Se quiser modelos de planejamento, veja o Almanaque do Professor.



Você pode usar também mapas mentais, seja para planejar, seja para apresentar o conteúdo para os alunos, seja para estes estudarem. Veja no link acima a seção com exemplos, modelos e roteiro de elaboração, entre outras coisas. Mapas mentais também requerem prática e dedicação para sairem bem-feitos, mas está no futuro das escolas, pode ter certeza. Se você os usar bem, já estará se diferenciando dos outros professores, para melhor.



É bom que você tenha experiência significativa com o conteúdo, aí pode se concentrar na parte didática. Se não tem, sugiro que a adquira rapidamente ou lecione outra matéria. Nada pior do que um professor teórico, que acaba investindo a maior parte do tempo em seu próprio aprendizado e não no aperfeiçoamento do planejamento, da comunicação e outros aspectos do ensino.



Lembre-se de que todos nós gostamos de variação e não gostamos de monotonia. Varie as estratégias de ensino, faça os alunos se mexerem de vez em quando, faça perguntas, faça-os trabalhar em dupla ou em grupo. Se estiverem inquietos, dê 2 minutos para fazerem o que quiserem. De vez em quando, certifique-se de que estão acompanhando; conforme o caso, um conceito perdido compromete o restante da aula. Dirija-se a um aluno específico; alguns alunos nunca abrem a boca por iniciativa própria, talvez por medos como gozações de colegas ou “pagar mico”.



E faça o possível para dar plantões ou ter plantonistas para atendimento individual, os alunos aprendem muito melhor com as respostas às suas próprias perguntas.



2) Ensaie



Dê a aula antes, para ninguém, para o espelho ou para um conhecido. Se com este, peça para ele criticar e lhe indicar as oportunidades de melhoria. Grave-se ou filme-se dando aulas e depois escute ou veja procurando oportunidades de melhoria (faça isso antes que a realidade lhe mostre). Se você nunca deu uma aula antes, quase tudo é novo, e há muito, muito que você não sabe e que nem sabe que não sabe.



Procure variar o tom de voz, é mais difícil prestar atenção a uma voz monótona. Repita e/ou enfatize com a voz algumas passagens mais importantes.



3) Prepare-se emocionalmente



Emoções geralmente contém uma mensagem. Na véspera da minha primeira aula, senti verdadeiro pânico; um colega o teve durante a primeira aula. Depois descobri que isso era uma mensagem de que eu devia me preparar melhor.



Na seção Inteligência Emocional tem uma matéria sobre como lidar produtivamente com medos: Medo, seu aliado para o sucesso. Pratique-a algumas vezes que depois você acaba fazendo-a automaticamente, e terá uma boa ferramenta para o resto da vida.



4) Ajuste as expectativas



Cuidado com a auto-expectativa irreal de que você tem que saber tudo e responder a tudo. Já vi um professor contar que disfarçava seu não-saber indicando ao aluno o exercício de buscar a resposta. Você tem que saber o conteúdo e mais um pouco. Quando me perguntavam coisas que eu não sabia, fora da matéria, eu simplesmente dizia que não sabia. Se achasse importante, podia até procurar, mas não era a regra. Um aluno uma vez até disse me admirar por isso!



O que lhe dá credibilidade, talvez a mais importante característica de um professor, não é saber tudo, porque isso não é possível, mas sim dizer o que é, quando sabe, dizer que acha que é, quando não tem certeza, e dizer que não sabe, quando realmente não sabe. Isso é que o torna confiável.



5) Segure as rédeas da turma



Um ponto essencial em classe é você reconhecer e saber que você é a autoridade. Os alunos testam os limites para saber como se portar e usam o que acontece como referência para o que vão fazer. Se alguém conversar alto e você não fizer nada, abre caminho para que aconteça de novo. E se você disser que vai mandar alguém embora se atrapalhar e o fizer duas ou três vezes, vai ter um padrão que permite aos alunos prever o que vai acontecer, e aí não vai precisar mandar ninguém embora. O importante aqui é você ter bem claro para si mesmo o que quer e saber que é o responsável por fazer isso acontecer.



Por outro lado, é importante preservar um bom e amigável relacionamento com os alunos, senão te “fritam” e você não consegue alcançar o objetivo. Assim, um dos objetivos iniciais é construir um bom relacionamento com a turma e com os alunos, o que vai lhe permitir depois chamar a atenção deles sem que eles achem que você os odeia (sobre isso, veja a matéria Golfinho esperto, nesta seção). Para isso, procure os lados bons de cada um: um é estudioso, o outro é cordial e respeitoso, todos têm qualidades, e você é que tem que percebê-las. Se tiver que fazer algo drástico, como mandar alguém embora, faça-o na boa, sem “matar” o relacionamento com ninguém. O que você diz é secundário; a maneira como o diz é muito mais significativa.



Nosso papel em sala é análogo ao de uma boa enfermeira, que não liga se o doente é chato ou não, ela tem uma missão e precisa fazer o que é preciso para cumpri-la, e precisa então relevar, ignorar e esquecer as coisas que a tiram do foco e não contribuem para os objetivos.



6) Coloque-se no lugar do aluno



Um exercício muito bom que você pode fazer é, estando relaxado, visualizar-se sentado numa das carteiras, na posição de aluno. Experimente e descubra as vantagens. Uma professora de Biologia que conheço prepara as aulas assim: lê a matéria, monta o quadro na mente e se coloca na posição de um aluno para verificar se está bom.



Outra coisa boa é lembrar-se de suas próprias experiências como aluno, como o que gostava nos professores e como se relacionava com eles, o que sentia, como se motivava, influência dos colegas. .



7) Tímido, eu?



E se você acredita que é tímido, permita-me não acreditar nisso, garanto que tem situações em que você não age timidamente. É uma situação nova e requer preparação, e uma vez preparado o suficiente, você vai se sentir mais confiante e com vontade, sabendo que vai fazer um bom trabalho ou pelo menos que fez o seu melhor para isso, e vai continuar melhorando na medida de sua dedicação. Para isso você só precisa de foco: durante um tempo, priorizar a nova atividade e dedicar todo o tempo possível. É querer de verdade fazer o melhor possível. Depois é mais tranquilo.



Melhore-se



Para o futuro, mantenha ao lado, leia e procure aplicar as idéias de livros de didática, em particular os de PNL. Recomendo:



- Treinando com a PNL (O’Connor e Seymour)



- Enfrentando a Audiência (Robert B. Dilts)



- Aprendizagem Dinâmica I e II (Dilts e Epstein)



- Almanaque do Professor – Modelos, técnicas, estratégias e muitas outras idéias que juntei e que podem lhe inspirar.



Ponha na cabeça e no coração que haverá sempre algo a mais para se aprender, seja com livros, com colegas, consigo mesmo, com o coordenador ou com feedbacks de alunos. Descobrir que não sabe algo é um avanço, lembre-se disso. E, como disse o Millôr, “Aula em que o professor não aprende nada é uma aula inútil”.



Em síntese



Se eu fosse resumir, diria que o mais importante é: vai acontecer, e você precisa se preparar para isso. A certeza de que vai acontecer, junto com a vontade de fazer bem-feito, é que mobilizam seus recursos e suas capacidades, é que fazem com que você dedique 5 minutos a mais. O resto é decidir como será feito e aprender com a experiência ao invés de lamentá-la. E não se iluda: você vai se enriquecer devagar, um passo de cada vez.



Boa sorte! E uma frase que vi algures para fechar: “Quanto mais eu trabalho, mais sorte eu tenho!”



Virgílio Vasconcelos Vilela



Fonte:http://www.possibilidades.com.br/ensino/dicas_professores.asp



Não desista você consegue!



Espero que tenha ajudado! Até nosso próximo post!