18 de abril de 2016

Costurar

"Nossa vida é um costurar constante...
É um indo e vindo, para alinhavar situações,
medir proporções com olhar absoluto, muitas vezes.
É pespontar atitudes, para ter resultados seguros.
É usar de retalhos de coisas passadas,
mas que muito ainda servem para unir velhos desejos
a possíveis realizações.
É reforçar algumas opiniões,
forrando com determinação, garra e coragem.

Definitivamente...
...a vida é um atelier,
onde devemos exprimir dons e talentos,
aliados, sempre,
à humildade de ouvir o que outros tem a dizer.

E assim, de forma mansa, mas decidida,
definir o que, de fato,
nos propusemos a fazer."

Marília Ferreira de Oliveira


10 de abril de 2016

Resumo-Estratégia de leitura-Isabel Solé


ESTRATÉGIAS DE LEITURA
Isabel Solé


O objetivo desse livro é ajudar educadores e profissionais a promover a utilização de estratégias de leitura que permitam interpretar e compreender os textos escritos. 
Capítulo 1 - O desafio da Leitura
A leitura é um processo de interação entre o leitor e o texto para satisfazer um propósito ou finalidade. Lemos para algo: devanear, preencher um momento de lazer, seguir uma pauta para realizar uma atividade, entre outras coisas.
Para compreender o texto leitor utiliza seus conhecimento de mundo e os conhecimentos do texto.
Controlar a própria leitura e regulá-la, implica ter um objetivo para ela, assim como poder gerar hipóteses sobre o conteúdo que se lê. Por isso a leitura pode ser considerada um processo constante de elaboração e verificação de previsões que levam a construção de uma interpretação.
Na leitura de um texto encontramos, inicialmente o título, subtítulo, negrito, itálico, esquema. Isso pode ser utilizado como recursos para prever qual será o assunto do texto, por exemplo.
Esses indicadores servem para ativar o conhecimento prévio e serão úteis quando se precisar extrair as idéias centrais.
O que foi apresentado até agora pode dar pistas de como as práticas pedagógicas podem organizar situações de ensino e aprendizagem que tragam em si essas análises.
A leitura na escola
Um dos objetivos mais importante das escola é fazer com que os alunos aprendam a ler corretamente. Essa aquisição da leitura é indispensável para agir com autonomia nas sociedades letradas.
Pesquisas realizadas apontam que a leitura não é utilizada tanto quanto deveria, isto é, não lemos o bastante.
Uma questão que se coloca é a seguinte: será que os professores e a escola têm clareza do que é ler?
A leitura, um objeto de conhecimento
No Ensino Fundamental a leitura e a escrita aparecem como objetivos prioritários. Acredita-se que ao final dessa etapa os alunos possam ler textos de forma autônoma e utilizar os recursos ao seu alcance para referir as dificuldades dessa área.
O que se vê nas escolas, no ensino inicial da leitura, são esforços para iniciar os pequenos nos segredos do código a partir de diversas abordagens. Poucas vezes considera-se que essa etapa tem início antes da escolaridade obrigatória.
O trabalho de leitura costuma a se restringir a ler o texto e responder algumas perguntas relacionadas a ele como: seus personagens, localidades, o que mais gostou, o que não gostou, etc. isso revela que o foco está no resultado da leitura e não em seu processo. Percebe-se que as práticas escolares dão maior ênfase no domínio das habilidades de decodificação.
Capítulo 2 - Ler, compreender e aprender

É fundamental que ao ler, o leitor se proponha a alcançar determinados para determinar tanto as estratégias responsáveis pela compreensão, quanto o controle que, de forma inconsciente, vai exercendo sobre ela, à medida que lê. O controle da compreensão é um requisito essencial para ler de forma eficaz.
Para que o leitor se envolva na atividade leitura é necessário que esta seja significativa. É necessário que sinta que é capaz de ler e de compreender o texto que tem em mãos. Só será motivadora, se o conteúdo estiver ligado aos interesses do leitor e, naturalmente, se a tarefa em si corresponde a um objetivo.
Como isso pode ser transferido para a sala de aula: sabe-se que na diversidade da classe torna-se muito difícil contentar o interesse de todas as crianças com relação à leitura, portanto, é papel do professor criar o interesse.
Uma forma possível de propiciar esse interesse é possibilitar o a diferentes suportes para a leitura, que sejam e incentivem atitudes de interesse e cuidado nos leitores.
Ao professor cabe o cuidado de analisar o conteúdo que veiculam.
Compreensão leitora e aprendizagem significativa
A leitura nos aproxima da cultura. Por isso um dos objetivos da leitura é ler para aprender. 
Quando um leitor compreende o que lê, está aprendendo e coloca em funcionamento uma série de estratégias cuja função é assegurar esse objetivo.
Isso nos remete a mais um objetivo fundamental da escola: ensinar a usar a leitura como instrumento de aprendizagem.
Devemos questionar a crença de que, quando uma criança aprende a ler, já pode ler de tudo e também pode ler para aprender. Se a ensinarmos a ler compreensivamente e a aprender a partir da leitura, estamos fazendo com que aprenda a aprender.  
Capítulo 3 - O ensino da leitura
Vamos apontar nesse capítulo a idéia errônea que consiste em considerar que a linguagem escrita requer uma instrução e a linguagem oral não a requer.
Código, consciência metalingüística e leitura
Devemos considerar como fundamental a leitura realizada por outros (família, amigos, pessoas) por familiarizar a criança com a estrutura do texto escrito e com sua linguagem.
Na escola ao se deparar com a linguagem escrita, a crianças, em muitos casos se encontra diante de algo conhecido, sobre o que já aprendeu várias coisas. O fundamental é que o escrito transmite uma mensagem, uma informação, e que a leitura capacita para ter acesso a essa linguagem. Na aquisição deste conhecimento, as experiências de leitura da criança no seio da família desempenham uma função importantíssima. Para além da existência de um ambiente em que se promova o uso dos livros e da disposição dos pais a adquiri-los e a ler, o fato de lerem para seus filhos relatos e histórias e a conversa posterior em torno dos mesmos parecem ter uma influência decisiva no desenvolvimento posterior destes com a leitura.
Assim, o conhecimento que a criança tem das palavras e suas características aumentará consideravelmente quando ela começar a manejar o impresso.
O trabalho que se deve realizar com as crianças é mostrá-las que ler é divertido, que escrever é apaixonante, que ela pode fazê-lo. Precisamos instigá-las a fazer parte desse mundo maravilhoso e cheio de significados.
O ensino inicial da leitura
Na escola, as atividades voltadas para o ensino inicial da leitura devem garantir a interação significativa e funcional da criança com a língua escrita, como um meio de construir os conhecimentos necessários para poder abordar as diferentes etapas de sua aprendizagem.
Para isso é fundamental trazer para a sala de aula, como ponto de partida, os conhecimentos que as crianças já possuem e a partir de suas idéias, ampliar suas significações.
A leitura e a escrita são procedimentos e devem ser trabalhados como tal em sala de aula.
Um aspecto importante que precisa ser garantido é o acesso a diferentes materiais escritos para as crianças: jornais, revistas, gibis, livros, rimas, poemas, HQ, e gêneros diversos.  
Capítulo 4 - O ensino de estratégias de compreensão leitora
Já tratamos no capítulo anterior que os procedimentos precisam ser ensinados. Se estratégias de leitura são procedimentos, então é preciso ensinar estratégias para a compreensão dos textos: não como técnicas precisas, receitas infalíveis ou habilidades específicas, mas como estratégias de compreensão leitora que envolvem a presença de objetivos, planejamento das ações, e sua avaliação.
Estas estratégias são as responsáveis pela construção de uma interpretação para o texto. E uma construção feita de forma autônoma.
Que estratégias vamos ensinar? O papel das estratégias na leitura
São aquelas que permitem ao aluno planejar sua tarefa de modo geral. Perguntas que o leitor deve se fazer para compreender o texto:
1.   Compreender os propósitos implícitos e explícitos da leitura. Que/Por que/Para que  tenho que ler?
2.   Ativar e aportar à leitura os conhecimentos prévios relevantes para o conteúdo em questão. Que sei sobre o conteúdo do texto?
3.   Dirigir a atenção ao fundamental, em detrimento do que pode parecer mais trivial.
4.   Avaliar a consistência interna do conteúdo expressado pelo texto e sua compatibilidade com o conhecimento prévio e com o “sentido comum”. Este texto tem sentido?
5.   Comprovar continuamente se a compreensão ocorre mediante a revisão e a recapitulação periódica e a auto-interrogação. Qual é a idéia fundamental que extraio daqui.
6.   Elaborar e provar inferências de diversos tipos, como interpretações, hipóteses e previsões e conclusões. Qual poderá ser o final deste romance?
Um conjunto de propostas para o ensino de estratégias de compreensão leitora pode ser considerado segundo BAUMANN (1985;1990) nos processos:
1.   Introdução. Explica-se aos alunos os objetivos daquilo que será trabalhado e a forma em que eles serão úteis para a leitura.
2.   Exemplo. Exemplifica-se a estratégia a ser trabalhada mediante um texto.
3.   Ensino Direto. O professor mostra, explica e escreve a habilidade em questão, dirigindo a atividade.
4.   Aplicação dirigida pelo professor.  Os alunos devem por em prática a habilidade aprendida sob o controle e supervisão do professor.
5.   Prática individual.  O aluno deve utilizar independentemente a habilidade com material novo.
Tipos de texto e expectativas do leitor
Alguns autores, entre eles ADAM (1985), classificam os textos da seguinte forma:
1.   Narrativo: texto que pressupõe um desenvolvimento cronológico e que aspira explicar alguns acontecimentos em uma determinada ordem.
2.   Descritivo: como o nome diz, descreve um objeto ou fenômeno, mediante comparações e outras técnicas.
3.   Expositivo: relaciona-se à análise e síntese de representações conceituais ou explicação de determinados fenômenos.
4.   Instrutivo-indutivo: tem como pretensão induzir a ação do leitor com palavras de ordem, por exemplo.
Seria fundamental que essa diversidade de textos aparecesse na escola e não um único modelo. Principalmente os que freqüentam a vida cotidiana.
Trata-se de organizar um ensino que caracterize cada um destes textos, mostrando as pistas que conduzem à uma melhor compreensão, fazendo com que o leitor saiba que pode utilizar as mesmas chaves que o autor usou  para formar um significado, e além de tudo interpretá-lo.
Capítulo 5 - Para compreender... Antes da leitura
Apresentam-se aqui seis passos importantes para a compreensão, que devem ser seguidos antes da leitura propriamente dita:
Idéias Gerais
São algumas idéias que o professor tem sobre a leitura:
1.   ler é muito mais do que possuir um rico cabedal de estratégias e técnicas.
2.   ler é um instrumento de aprendizagem, informação e deleite.
3.   a leitura não deve ser considerada uma atividade competitiva.
4.   quem não sente prazer pela leitura não conseguirá transmiti-lo aos demais.
5.   a leitura para as crianças tem que ter uma finalidade que elas possam compreender e partilhar.
6.   a complexidade da leitura e a capacidade que as crianças têm para enfrentá-la.
Motivação para a leitura
Toda atividade deve ter como ponto de partida a motivação das crianças: devem ser significativas, motivantes, e a criança deve se sentir capaz de fazê-la.
Objetivos da leitura
Os objetivos dos leitores, ou propósitos, com relação a um texto podem ser muito variados, de acordo com as situações e momentos.  Vamos destacar alguns dos objetivos da leitura, que podem e devem ser trabalhados em sala de aula:
1.   ler para obter uma informação precisa;
2.   ler para seguir instruções;
3.   ler para obter uma informação de caráter geral;
4.   ler para aprender;
5.   ler para revisar um escrito próprio;
6.   ler por prazer;
7.   ler para comunicar um texto a um auditório;
8.   ler para praticar a leitura em voz alta; e
9.   ler para verificar o que se compreendeu.
Revisão e atualização do conhecimento prévio
Para compreender o que se está lendo é preciso ter conhecimentos sobre o assunto. Mas algumas coisas podem ser feitas para ajudar as crianças a utilizar o conhecimento prévio que têm sobre o assunto, como dar alguma explicação geral sobre o que será lido; ajudar os alunos a prestar atenção a determinados aspectos do texto, que podem ativar seu conhecimento prévio ou apresentar um tema que não conheciam.
Estabelecimento de previsões sobre o texto 
É importante ajudar as crianças a utilizar simultaneamente diversos indicadores: como títulos, ilustrações, o que se pode conhecer sobre o autor, cenário, personagem, ilustrações, etc. para a compreensão do texto como um todo.
Formulação de perguntas sobre ele 
Requerer perguntas sobre o texto é uma estratégia que pode ser utilizada para  ajudar na compreensão de narrações ensinando as crianças para as quais elas são lidas a centrar sua atenção nas questões fundamentais.
Capítulo 6 - Construindo a compreensão... Durante a leitura
Para a compreensão do texto uma das capacidades envolvidas é a elaboração de um resumo, que reproduz o significado global de forma sucinta. 
Para isso, deve-se ter a competência de diferenciar o que constitui o essencial do texto e o que pode ser considerado como secundário.
O professor pode utilizar em sala de aula a estratégia da  leitura compartilhada, onde o leitor vai assumindo progressivamente a responsabilidade e o controle do seu processo é uma forma eficaz para que os alunos compreendam as estratégias apontadas, bem como, a leitura independente, onde podem utilizar as estratégias que estão aprendendo. 
Não estou entendendo, o que eu faço? Os erros e as lacunas de compreensão
Para ler eficazmente, precisamos saber quais as nossas dificuldades. Podem ser: a compreensão de palavras, frases, nas relações que se estabelecem entre as frases e no texto em seus aspectos mais globais.
Para isso devemos ter estratégias como o uso do dicionário ou a continuação da leitura que pode sanar alguma dúvida.
Capítulo 7- Depois da leitura: continuar compreendendo e aprendendo...
A compreensão do texto resulta da combinação entre os objetivos de leitura que guiam o leitor, entre os seus conhecimentos prévios e a informação que o autor queria transmitir mediante seus escritos.
Para que os alunos compreendam a idéia principal do texto, o professor pode explicar aos alunos o que consiste a “idéia principal”, recordar porque vão ler concretamente o texto - função real, ressaltar o tema, à medida que vão lendo informar aos alunos o que é considerado mais importante, para que, finalmente concluam se a idéia principal é um produto de uma elaboração pessoal.
O resumo
Utilizar essa estratégia pode ser uma boa escolha para estabelecer o tema de um texto, para gerar ou identificar sua idéia principal e seus detalhes secundários.
É importante, também, que os alunos aprendam porque precisam resumir, e como fazê-lo, assistindo resumos efetuados pelo seu professor, resumindo conjuntamente, passando a utilizar essa estratégia de forma autônoma 
COOPER (1990), afirma que para ensinar a resumir parágrafos de texto é importante que o professor:
1.   ensine a encontrar o tema do parágrafo e a identificar a informação trivial para deixá-la de lado.
2.   ensine a deixar de lado a informação repetida.
3.   ensine a determinar como se agrupam as idéias no parágrafo para encontrar formas de englobá-las.
4.   ensine a identificar uma frase-resumo do parágrafo ou a elaborá-la.
Capítulo 8- O ensino e a avaliação da leitura
Considerando o que foi visto até agora em relação aos processos de leitura e compreensão é interessante ressaltar que:
1.   Aprender a ler significa aprender a ser ativo ante a leitura, ter objetivos para ela, se auto-interrogar sobre o conteúdo e sobre a própria compreensão.
2.   Aprender a ler significa também aprender a encontrar sentido e interesse na leitura.
3.   Aprender a ler compreensivamente é uma condição necessária par poder aprender a partir dos textos escritos.
4.   Aprender a ler requer que se ensine a ler, e isso é um papel do professor.
5.   Ensinar a ler é uma questão de compartilhar. Compartilhar objetivos, compartilhar tarefas, compartilhar os significados construídos em torno deles.
6.   Ensinar a ler exige a observação dos alunos e da própria intervenção, como requisitos para estabelecer situações didáticas diferenciadas capazes de se adaptar à diversidade inevitável da sala de aula.
7.   É função do professor promover atividades significativas de leitura, bem como refletir, planejar e avaliar a própria prática em torna da leitura.
Para finalizar esse livro se faz necessário ressaltar que as mudanças na escola acontecem quando são feitas em equipe. Reestruturar o ensino da leitura deve passar por isso: uma construção coletiva e significativa para os alunos, e também para os professores.
Para complementar, assistam,...

7 de abril de 2016

Leitura para contextualizar -Minha viagem arquitetônica com o vovô

Minha viagem arquitetônica com o vovô
EUN JEONG, Jo, JONG TAE, Yun – Editora Callis
viagemRoni adora seu avô, que é um grande arquiteto. Um belo dia, o avô o convida para fazer um passeio arquitetônico pela cidade.
Começa aí uma reveladora viagem pela arquitetura, em que o menino e os leitores descobrem, a cada construção, formas geométricas, proporções e simetrias presentes nelas.



Depois da leitura e da conversa sobre o texto, proponha uma dobradura bem divertida e criativa ...
 As crianças vão dobrar e desenhar os cômodos,..
Depois, pode se trabalhar modelos de plantas baixas, para isso , traga panfletos de apartamentos , casas,...em que se encontre modelos de plantas ,...
Medidas, espaço, lateralidade, geometria, simetria...tudo isso e muito mais , pode -se ensinar...



2 de abril de 2016

Crônicas com o Ler e escrever

Lendo uma crônica para contextualizar o estudo Nome:______________________________data:___________
 1. A crônica apresentada a seguir foi escrita por Carlos Eduardo Novaes. Você conhece esse Autor?
 E uma crônica, você já leu?
2. O livro de onde foi retirada a crônica que você lerá intitula-se “A cadeira do dentista e outras crônicas”. Em sua opinião, esse título combina com crônicas? Por quê?
3. Agora, imagine: do que tratará uma crônica chamada " O marreco que pagou o pato"?
4. Converse com o seu Professor sobre cada uma das questões apresentadas.
5. Agora, leia a crônica apresentada a seguir.

O marreco que pagou o pato      



6. Você deve ter conversado com seu professor e colegas que a crônica sempre toma um fato do cotidiano para poder fazer uma crítica - ainda que com muito humor - de algo que atinge todas as pessoas. Pensando nisso, responda:
 a) Que aspectos dessa crônica a tornaram engraçada? ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________
 b) Você acha que a última afirmação do autor do texto é verdadeira? ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________
 Estudando maneiras de introduzir as falas dos personagens Nome:______________________________________data:______________ 
1. Releia o trecho apresentado a seguir.          
Leu atentamente um por um, devolveu-os e disse: "Agora deixe-me ver os documentos do marreco".          - O marreco não tem documentos - respondeu o gerente.        - Nenhum? Nem título de eleitor? Certificado de reservista? Nada? Então eu acho que vou ter que prender o seu marreco.        
 - O senhor não pode fazer uma coisa dessas - ponderou o gerente. 
- Não há nenhuma lei que obrigue marrecos a ter documento.         
 - Não há? - desconfiou o fiscal.
 - Então espere um momentinho.         
 Foi ao telefone e ligou para o chefe da repartição: "Alô, chefe? Encontrei um marreco passeando pela rua sem documento". 
2. Compare com o trecho abaixo e responda: o que há de diferente nesse segundo trecho? 
Leu atentamente um por um, devolveu-os e pediu ao gerente para ver os documentos do marreco. o gerente avisou que o marreco não tinha documentos. O fiscal ficou surpreso e disse que, então, teria de prender o marreco. O dono do marreco ponderou que o animal não poderia ser preso, pois não havia nenhuma lei que obrigasse a ter documentos. Diante disso, o fiscal ligou para a repartição e explicou o caso ao chefe. 
3. Qual das maneiras de escrever você acha que dá a impressão de retratar com mais fidelidade as reações do falante diante da situação? qual maneira de contar a história deixou o leitor mais distante das reações da personagem? Explique. 
________________________________________________________ ________________________________________________________ ________________________________________________________ ________________________________________________________ ________________________________________________________ meuip

Pra saber:
Significado de Pagar o pato. Significa fazer o papel de tolo, pagando por aquilo que não deve. 
Sobre o autor:
Carlos Eduardo de Agostini Novaes (Rio de Janeiro RJ 1940). Cronista, romancista, contista e dramaturgo. Filho do oficial da Marinha Attila Rodrigues Novaes e da dona-de-casa Efigenia de Agostini Novaes. Em 1958, muda-se para Salvador, onde permanece por dez anos. Nesse período cursa direito na Universidade Federal da Bahia e exerce variadas atividades profissionais, como agente rodoviário, e é também dono de dedetizadora e sócio de uma fábrica de sorvete. De volta ao Rio de Janeiro, em 1969, inicia a atividade de cronista no jornal Última Hora. Em 1972, trabalha no Jornal do Brasil - JB, criando prognósticos bem-humorados para a Loteria Esportiva e passando depois a cronista. Assim nasce seu primeiro livro, O Caos Nosso de Cada Dia, uma reunião de crônicas escritas para o JB, publicado em 1974. O trabalho nesse jornal se estende por 13 anos e dá origem à maior parte de seus livros. No teatro, além de atuar, escrever e dirigir várias peças, é presidente da Sociedade Brasileira de Autores Teatrais - Sbat e vice-presidente da Federação Internacional de Sociedades de Autores Dramáticos - Fedra. Seus livros abordam, entre outros, temas ligados à política brasileira, ao cotidiano urbano, à vida conjugal e ao universo adolescente, sempre de forma crítica e bem-humorada. É diretor da Casa do Riso, no bairro do Leblon, no Rio de Janeiro, um teatro dedicado exclusivamente ao humor.


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